Porque escrever não é terapia, mas é terapêutico (não é sobre ser lido e sim, expressar-se)
terça-feira, 14 de outubro de 2025
do que ficou (ou a toalha de linho branco)
Desentulhar (ou a arte de deixar ir)
Hoje eu fiz algo que queria profundamente a tempos: desentulhar os armários. Arrumar as gavetas. Jogar o que não presta fora. O sem uso. O quebrado mas guardado por valor sentimental. O nunca usado mas vai quê.
E em alguma parte disso eu me senti tão mais leve. Tão mais suave. E em algum momento eu chorei: sem saber o porquê.
Não havia dor. Havia algumas lembranças. Mas nada demais.
E de repente me senti tão leve por dentro, flutuando? Mas por dentro. Como se eu tivesse soltado amarras que impediam meu coração de ir até a superfície tomar fôlego.
E agora meu coração flutua e meus olhos, transbordam.
do que ficou (ou a toalha de linho branco)
Toda vez eu a mantenho; isso é um tesouro imensurável, eu sempre repito. A toalha de linho, bordada com ramos de trigo em linha amarelo most...
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Hoje eu fiz algo que queria profundamente a tempos: desentulhar os armários. Arrumar as gavetas. Jogar o que não presta fora. O sem uso. O ...